15/06/2010
Resiliência
Paciência por onde andas?
Procuro-te por toda a parte
E não consigo encontrar-te…
As minhas emoções atropelam-me
E não consigo por vezes controlar-me…
Sinto-me como o mar,
Gigantesco, belo mas com a fúria das ondas
Que a qualquer momento promete arrasar,
De uma só assentada o mais robusto rochedo,
Berço de ninhos de aves sem medo,
Que perenemente resiste ao rebentamento,
Das mais violentas tempestades,
Ignorando ventos cortantes,
Vendo as ondas na praia esmorecendo…
Sento-me na areia cheia de despojos,
Que o mar vomita na sua indisposição,
Cansada e desorientada, fecho os olhos…
Sei que tenho de escolher entre a felicidade e a razão,
Manejar as artes de encantamento e dissimulação…
Contudo, o meu feitio e temperamento são bravios,
Fruto do sangue que me corre nas veias,
Temerário, corajoso e sempre pronto a desafios,
Porém, arredio a impasses e indefinições
Não sabendo o que fazer perante imposições…
Sinto-me num emaranhado de teias…
Presa, sem liberdade de movimentos…
Sou um animal selvagem que não sabe estar preso,
Sou um espírito livre em tormentos
Correndo em busca de um lugar,
De um abrigo cálido e fresco,
Para poder viver, para poder respirar…
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Descubro com fascínio, pela primeira vez, este (teu) espaço.
ResponderEliminar"Fascínio" é só uma de muitas palavras "certas" que poderia usar, mas das poucas que resume o encanto da minha perplexidade... Por saber que tanto amo e uso as palavras e, no entanto, jamais seria capaz de as ordenar como tu.
Este (teu) espaço é mais importante para mim do que possas imaginar... É (mais) uma bandeirinha pequena, daquelas que contemplo quando não me apetece levantar de manhã e enfrentar o mundo.
A bandeirinha do testemunho que no mundo, para o qual me levanto, afinal, existem alguns seres que caminham em sentido contrário às filas, tiram fotografias com a alma e têm diálogos fervorosos com a vida (sem se importarem que ela nada diga em retorno)...
Falo das pessoas que aparecem pintadas de amarelo numa fotografia a preto e branco - as tais, que criam arte - mesmo sem querer ou saber.
Primo...quando te encontrar ao vivo e a cores vou te dar um abraço bem apertadinho...Obrigada!!!
ResponderEliminarFoste tu que me deste força e motivação para criar este espaço!
Beijos!