Finalmente os meus olhos perceberam
A tua verdadeira natureza
Chegaste com mestria mascarada de pureza
Sempre dizendo coisas que se esperam…
Prometeste o paraíso debaixo das estrelas
Com o perfume de três rosas
Mas depressa desmanchaste as telas
Pintadas com frases ricas em sábias prosas
Deste com uma mão, tiraste com a outra
Debaixo de uma capaDe quem sabe das leis do Universo
E professa o bem universal
Primeiro seduziste e depois, à socapa,
Iniciaste um jogo perverso
Ora com uma, ora com outra
Sempre com a imagem de bom serviçal
Desvirtuas o divino
Subvertes o conhecimento a teu belo prazer
Com o teu ar adulterino
Fingindo um grande valor enobrecer
Hoje vejo-te como realmente és…
Um pobre tolo vestido de algo que não és,
Que engana e se engana
Sem ter noção que em vez de andar,
Que em vez de curar,
Tristeza e mágoa emana
E de joelhos te arrastas
Enquanto a luz de ti afastas


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