22/12/2010
Quando o mar encontra a terra...
Fecha a porta
Deixa o mundo lá fora
E esqueçamos tudo o que é trivial
E concentremo-nos no que é real
Aqui e agora
Com tudo o que este momento comporta...
Como uma onda na praia
Em mim descansa e desmaia
Entranhando-te na mais fina areia
E a orla suavemente serpenteia...
Ergue-te inteiro e poderoso mas gentil
Para sentir essa maresia subtil
Que se anuncia com a maré vaza
E com a maré alta tudo extravaza...
Assistimos ao nascer do dia
Que a luz do sol irradia
Mirando a lua que lá em cima se apruma
Que ilumina o mar e a sua espuma
Que nos embala e o ritmo nos acompanha
Como se quisesse testemunhar esta façanha
De tamanho e força tal
Que provoca uma tempestade brutal
Em que não há vencedores nem vencidos
Mas apenas dois seres um ao outro rendidos...
20/12/2010
Escrito nas estrelas
Vejo-te através dos meus dedos
Falamos e trocamos segredos
E à distância construimos enredos
Por vezes trocamos confissões
Por meio de sábias afirmações
E embalados por várias canções
Sonhamos e falamos à distância
De acordo com a hora e circunstância
E, sózinhos, reflectimos sobre a consonância...
À parte pensamentos e sonhos
Sempre com momentos risonhos
Com pequenos passos,
Trocando abraços
Subimos numa escada ascendente
A um só caminho conducente
Com o auspício de uma estrela cadente...
11/12/2010
Vento mágico
O vento volta sempre
Assim como quem tem
Alguém no coração em mente
A natureza nada detém
Tudo conflui naturalmente
Tudo conspira para um caminho
No meio de perguntas e respostas
Espreita-se à espera que entre
Uma expressão com carinho
Colocando-se alegrias e tristezas expostas
Ao passo que mais umas linhas averbo
Não é um desafio
Mas sim um auspício
Que se anuncia com estrelas
Com mãos mágicas e belas
O vento, esse, volta sempre...
02/12/2010
A queda da máscara
Finalmente os meus olhos perceberam
A tua verdadeira natureza
Chegaste com mestria mascarada de pureza
Sempre dizendo coisas que se esperam…
Prometeste o paraíso debaixo das estrelas
Com o perfume de três rosas
Mas depressa desmanchaste as telas
Pintadas com frases ricas em sábias prosas
Deste com uma mão, tiraste com a outra
Debaixo de uma capaDe quem sabe das leis do Universo
E professa o bem universal
Primeiro seduziste e depois, à socapa,
Iniciaste um jogo perverso
Ora com uma, ora com outra
Sempre com a imagem de bom serviçal
Desvirtuas o divino
Subvertes o conhecimento a teu belo prazer
Com o teu ar adulterino
Fingindo um grande valor enobrecer
Hoje vejo-te como realmente és…
Um pobre tolo vestido de algo que não és,
Que engana e se engana
Sem ter noção que em vez de andar,
Que em vez de curar,
Tristeza e mágoa emana
E de joelhos te arrastas
Enquanto a luz de ti afastas
Subscrever:
Comentários (Atom)




