24/11/2010
O Errante à deriva
A tua prosápia e recusa
Foi a tua cegueira excusa
Em lutar pela felicidade
Não queres amar
Porque tudo desprezas
Enchendo o teu ego de vaidade
E de egoísmo sem par
E pelo caminho tudo pisas
Recusaste a porta que se abriu
E ignoraste a Estrela que já partiu
Partiu para outra constelação
Onde o brilho não é a devassidão
Onde não há jogadas mestras
Nem atitudes levianas e preversas
Perdeste a chave de conhecimento
Caíndo no pior do esquecimento:
Sobrevives no engano,
Alimentas o profano.
21/11/2010
Carta de Amor...
Tanta coisa para te dizer,
Outra tanta para te fazer…
Perco-me em pensamentos
Pensando em vários momentos
Os que ainda não aconteceram
E todos aqueles que já foram,
E que me elevaram a um estado tal
Em que a alegria foi total
Recordo o teu cheiro
Que me provoca um formigueiro
Desejando sempre ver-te
Para te sentir, para tocarte
Para passar no teu peito a minha mão
Sem que te apercebas da minha agitação
Para que o meu corpo possas sentir
Por causa das palavras que são dificeis de proferir
Na esperança que sintas o que a minha boca não diz
E que ouças os ecos dos meus pensamentos gentis
Quero ouvir o teu pulsar com o meu
Para alcançar o apogeu
Quero sentir o teu peito contra o meu
Para recordar o abraço que se deu
Quero olhar-te sem pressas
Para guardar a tua imagem enquanto não regressas
Quero a tua boca beijar
Para que sintas o meu corpo falar…
Falar o que sinto, mas que tenho medo de dizer
E olhar-te sem ter medo de nunca mais te ver
Cada vez que ficas mais perto
Tudo em mim fica mais desperto
E todas as pequenas coisas à minha volta
Deixam de interessar enquanto que o beijo se solta…
02/11/2010
Sabes quem sou?
Sabes quem sou?
Consegues ver-me?
Ou ficaste pelo óbvio,
Deixando-te deslumbrar pelo exterior?
Um ou outro olhou...
Mas nenhum conseguiu perceber-me.
Todos se drogam pelo mesmo ópio,
A ilusão e a aparência que esconde o interior
Onde me encontro
Onde simplesmente sou,
Sem capas, máscaras ou subterfúgios,
Ou artes mágicas cheias de encantamentos
Para ludibriar os que querem ser cegos.
Todos vêem o meu corpo e a minha pele,
Mas quem vê a minha alma?
Por vezes abro a porta
Por entre vários refúgios,
Por muitos momentos e pensamentos,
Penso que alguém tem o que é preciso...
Mas cedo se dá o desencontro
Que no mais recondito dos egos
Se mostra impiedoso e conciso.
Por vezes contorno uma dúvida remota
Para logo haver uma certeza que repele
O subliminar enganador
E de novo se instala a dor...
Continuas a não saber quem sou...
Preferes as velhas capas e dogmas
E apostas em jogos e enigmas
Que te levam sempre a ruas sem saída,
Consequência em que a tua razão nunca pensou,
Por isso continuo retraída...
Será que queres mesmo saber quem sou?
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