Choro...
Encosto o meu ouvido
Para avidamente algo ouvir
Percepcionar o ar que respiro
Para perceber onde estás...
E simplesmente...não estás...
Remetes-te ao silêncio...
E tudo aquilo que é maior não é vivido
E todos os sonhos que aspiro
Ficam suspensos como jardins
Mas entretanto a água corre em direcção ao mar
E não posso mais ficar ancorada à tua espera...
Estas são as últimas palavras que te pronuncio...
Porque a natureza há que respeitar apesar de te amar...
É imperativo seguir...porque o teu silêncio impera...
Não posso mais suportar nem aceitar o teu silêncio
Quando tudo o que quero é amar-te
Mas decidiste de mim afastar-te
Nem com o som de mil anjos e florins
Formulas uma palavra...um gesto...
Choro...
Amo-te...mas tenho que deixar este ancoradouro
Choro...


