Diz a lenda, de acordo com a tradição japonesa, que quem dormir com uma imagem do TAKARABUNE (Barco do Tesouro) debaixo da almofada, ou avistar um terá boa fortuna para sempre. Por isso desejo a todos o que visitarem este local, onde partilho o que me vai na alma, boa fortuna para sempre.

31/01/2011

Olhando pela janela...



Olhando pela janela
Sinto o olhar ofuscado pela luz...
Olho para o mar lá ao fundo
Que reflecte o sol, essa grande estrela,
Sob um mar calmo e azul.
Solto um suspiro profundo...
Sinto o mundo e os sonhos
Que aos meus pés se deitam
Os meus olhos tornam-se risonhos
Sempre que com uma imagem se deleitam...
Eleva-me...Sente-me...
Olha-me...Decifra-me...
As minhas mãos levanto para abraçar
Esse mar colossal e imenso
Inspiro na tentativa de manter o momento suspenso
E ser a gaivota contra o sol a voar
Para pousar com uma gota do mar,
Leve e cheia de improviso
Prestes a inebriar todo o juízo
Para transformar o aqui e agora
No caminho que se abre numa nova aurora...

25/01/2011

Horizonte




Transpondo a linha do horizonte
Onde tudo acaba e tudo recomeça
Chego, por fim, a uma ponte...
Caminho com cuidado e sem pressa...


Passarei a linha do trópico,
Descobrirei novos lugares
E respirarei novos ares
Despertando o senso próprio


Novos ventos se avizinham,
Mudanças se adivinham
Se bem que incertas!!!
Esperam-me novas portas,
Estando agora preparada
A novos desafios
Seguindo, como sempre, no rio...

24/01/2011

Estrada de Sol



Com o rumorear das ondas
Contemplo a estrada de luz
Com pequenas estrelas brilhantes
A pensar em ti…à espera que me respondas
Guardo a imagem em contraluz
Mando-te beijos salgados e saltitantes
Que o vento e a maresia transportam
Olhando o vôo das gaivotas
Respiro o mesmo ar que tu respiras
E o vento e as gaivotas me confortam
O sol reflecte no mar pequenas ilhotas
De luz apenas entrecortadas pelas ondas
Um beijinho do mar me diz que conspiras…
Levada pelo vento cortante, sem saber,
Regresso ao meu porto seguro
Escondeste-te…e eu sem saber…
Viste-me…eu não te vi…
De repente alguém me chama e procuro…
Nada…estavas alí…
Ouço novamente a voz que me chama…
Vejo-te…e algo se inflama…
Num beijo recatado e contido
Olhamo-nos num silêncio atrevido
Cheios de sede e de desejo
Com notas de música suaves e inspiradoras
A estrada de sol continua a brilhar cheia de ansejo
E augura um horizonte com estrelas recompensadoras…

15/01/2011

Limpar a Alma


Limpo e torno a limpar
Apanho mais um fio
Desta teia de lembranças
Lembranças que ficam no ar
Como que à deriva num rio
Ao sabor da corrente,
À espera de algures desaguar
Por entremeio das minhas andanças
Teimando em me lembrar
Algo que já não importa
Que torna o meu caminho dormente
Mais um retrato,
Mais uma memória perdida
Rompe-se e rasga-se o trato
E a alma ergue-se amadurecida
Olho para trás e hesito...
São pedaços de vida
Que se soltam no ar
Que se diluem como grãos de areia
Rasgo  mais uma página...e mais outra...
E eís mais um capítulo prescrito
Vou largando o lastro
E apago o rastro
Do que já é inútil
E de tudo que agora se tornou fútil
Agora escrevo uma nova página
Escrevo mais leve e serena
E ouço uma nova cantilena
Que me eleva como uma pena
Rumo a uma nova viagem
Com nova força e coragem
E o passado encerrado

03/01/2011

Se uma gaivota voa...


A pensar me sento
No que fui e no que sou
Uma pergunta não me sai do pensamento:
Como foi que tudo se passou?
Olho para trás e repenso...
Nasci num dia de sol imenso
Cresci numa terra áspera e dura
Aprendi as coisas da vida com tristeza e candura
Encontrei pelo caminho muitas ervas daninhas
E fiz delas lições nas entrelinhas
Das muitas páginas que escrevi...
Mantive o meu rumo apesar do que vi e vivi:
Tenebrosas tempestades
Dias de nevoeiro intenso
Horas incertas e cheias de adversidades
Vi aos meus pés o abismo profundo e tenso...
Agarrei-me à Esperança
Que nunca me abandonou
Continuei a caminhar com confiança
E segui a estrela que até aqui me guiou
Hoje sou o que sou
Sou mulher menina e moça
Alegre, viva e solta
Que encanta e sonha...
Vivo na orla do mar
Na asa de uma gaivota
À espera de amar...

01/01/2011

Haja Luz


Uma pequena luz
É quanto basta para ver
Brilha na noite e reluz
E aconteceu o que era de prever
Nas últimas horas
Deu-se o encontro
Olhamos, falamos e abraçamos...
2010 findou assim as suas últimas horas
Num jardim despido e escuro
Cúmplice dos olhares e das palavras
Testemunha de desejos e do que começamos
Vemos os minutos a passar e procuro...
Procuro em ti os gestos, os olhares...as palavras
Após alguns desencontros
Já não há mais distância...
Agora será o que quisermos que seja...